O que têm em comum concurso público e casamento: a escolha cautelosa.
Explico ao leitor. Vamos primeiro ao concurso público:
Hoje em dia é grande a variedade de concursos públicos, já existindo, inclusive, a respeitável profissão de "concurseiro". Contudo, alguns cuidados esses profissionais (da arte de estudar para certames) devem tomar quanto à escolha; pois, no futuro, o arrependimento pode ser fatal (igual como acontece com determinados casamentos).
1º) Motivação: o concurseiro - aquele bem preparado didaticamente - deve buscar informações sobre o nível de satisfação dos atuais ocupantes daqueles cargos públicos -objeto do certame lançado. Até mesmo informações sobre outros cargos no âmbito do mesmo órgão valem, a título de formação de juizo de convencimento do interessado. Isto se justifica em função que, não raro, temos cargos em que a administração pública não confere o devido valor, não investe (investiu só no começo) na qualificação profissional de seus ocupantes, bem como não confere a estrutura necessária ao bom desempenho do respectivo mister. Acaba, portanto, por desmotivar os ocupantes daqueles cargos públicos, gerando insatisfação geral, perceptível, até mesmo, ao cidadão que busca os serviços daquele órgão.
2º) Possibilidade de Ascensão: deve também, o concurseiro, informar-se acerca da existência de possibilidades de ascensão profissional - plano de cargos e carreiras, o qual prime pelo tempo de serviço e/ou pelos cursos de aperfeiçõeamento (pós-graduações). Nada pior do que permanecer em um cargo público sem perspectiva de crescimento profissional algum (quer na parte financeira, quer na ascensão hierárquica).
3º) O ambiente: outra informação a ser galgada pelo interessado no certame é quanto ao ambiente de trabalho. Se é um ambiente propício à pesquisa científica, ao desenvolvimento de aptidões; ou se é somente um local em que se reunem várias pessoas para trocar "fuxicos" e falar mal da administração pública.
O pior de tudo: muitas vezes, a escolha errada/impensada tende a retirar precioso tempo e disposição físico-mental necessários à preparação didática para concorrer em outros concursos mais 'futurísticos'.
Já, quanto ao casamento temos algo muito parecido:
1º) A escolha deve levar em consideração não só o sentimento - a paixão (muitas vezes mais passageira do que se presume). Deve-se observar todo o histórico do(a) companheiro(a), no que concerne às atitudes e posturas de seus ancestrais (principalmente). Além da carga genética, temos os modelos de comportamento que foram fixados, por quem os "criou" e que, de certo, influenciarão no futuro. Muitas vezes, com o decorrer da convivência contínua e duradora, percebemos que o(a) parceiro(a) é 'cópia fiel' (e até mais acentuada) de alguém da família da qual pertence. E, nem sempre, somos admiradores dessa matriz colacionada.
Então, assim como na escolha do cargo público, existe a necessidade de uma análise do ambiente familiar da pessoa pretendida. Muitas vezes, copiamos parentes nossos sem até mesmo percebermos. O jeito de falar, o comportamente ante a situações inesperadas, o modo de conduzir os afazeres domésticos, de educar a prole etc..... tudo isto é reflexo do que vivemos no passado, do que aprendemos em nosso seio familiar.
E o pior: da mesma forma que nos concursos públicos, a escolha errada/impensada, pode acarretar prejuízos insanáveis (principalmente á prole).
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