quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ADI contra Refis estadual já foi protocolada

Transcrevo na íntegra notícia extraída do jornal Diário do Nordeste, edição de hoje.
"Ação contra Refis já tramita no TJ
31/12/2009
OAB-CE teme que outros programas de refinanciamento tomem artigos de inscrição no Serasa como exemplo
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que contesta os artigos do Refis estadual que autorizam a negativação dos devedores no Serviço de Assessoria e Sociedade Anônima (Serasa) já tramita no Tribunal de Justiça do Estado (TJCE), apesar do recesso de fim de ano. O argumento da ação, ajuizada no início da semana pela Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Ceará (OAB-CE), é de que o legislador estadual estabeleceu uma sanção política que, de forma redundante, é desnecessária à cobrança tributária.
De acordo com Erinaldo Dantas Filho, presidente da Comissão de Estudos Tributários da OAB-CE, a lei das execuções fiscais já é um mecanismo próprio para a finalidade. 'Ajuizamos ainda neste ano porque não queríamos que outros programas de refinanciamento tomassem esses artigos inconstitucionais como exemplo. Agora, vamos aguardar a tramitação'.
O advogado acredita que o fisco está em posição confortável para exercer as cobranças, não havendo necessidade de utilizar outros meios para coagir o contribuinte. 'Os artigos são um instrumento indireto de coação do contribuinte a quitar as suas obrigações pecuniárias para com o Estado', argumenta.
Questionamento
O contrato entre o governo do Estado e o Serasa não passou por licitação, acusa Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Lojista de Fortaleza (Sindilojas). Segundo ele, o órgão é uma empresa privada que deve ser acionada por bancos e cartórios de protesto, e não pelo executivo estadual.
'O Estado já tem o Cadine (Cadastro de Inadimplentes da Fazenda Pública Estadual) como forma de identificar e restringir as atividades que quem tem dívidas. O Serasa é pior e gera consequências mais negativas. O empresário ficará impedido de contrair empréstimos em bancos além de não poder comprar com cheque. Isso compromete a relação com fornecedores e tende a aumentar o desemprego, pois com menos mercadorias e capital de giro menor o comerciante será obrigado a mandar empregados embora'.
Cid Alves acredita que o Estado precisa fazer a correta distinção entre os inadimplentes e os sonegadores. 'Falta a compreensão de que quem ainda não pagou as dívidas é porque não conseguiu. Colocar no Serasa é um absurdo e isso que já não deu certo em outros estados como Goiás e São Paulo'.
O Diário do Nordeste tentou fazer contato com o procurador-geral do Estado, Fernando Oliveira, mas nenhum dos telefonemas foi atendido .
GUTO CASTRO NETO
REPÓRTER "

0 comentários:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.