terça-feira, 17 de maio de 2011

STJ - Execução Fiscal proposta contra devedor falecido é inaproveitável

Vejamos a seguinte notícia extraída do portal do STJ, relacionada ao julgamento do REsp 1222561 - RS
Não é possível redirecionar execução fiscal proposta contra devedor já falecido
O redirecionamento da execução fiscal só pode ocorrer se a ação foi proposta, inicialmente, de forma correta. Se o devedor já se encontrava falecido no ajuizamento da ação de execução, a cobrança deveria ter sido já apresentada contra o espólio, e não contra ele. Para a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a hipótese leva à extinção do processo, por ilegitimidade passiva.
A Fazenda Nacional recorria de entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que foi confirmado pelo STJ. Segundo o ministro Mauro Campbell Marques, a ação iniciada contra devedor, com citação válida, pode ser redirecionada ao espólio se a morte ocorre durante o processo de execução. Mas se a morte antecede a execução, como no caso, não se pode falar em substituição da certidão de dívida ativa.
O relator também destacou que mesmo quando a relação processual já está estabilizada, pela citação válida do devedor, a jurisprudência do STJ veda a modificação do sujeito passivo. Conforme a Súmula 392, “a Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”. 
PS>> Devedor falecido ou sem correta identificação, "responsável tributário" arranjado, pesssoa imune ou isenta de impostos configurando como sujeito passivo tributário.... estes são alguns exemplos dos vícios constantes em ações de execuções fiscais propostas, de forma irresponsável, pelas procuradorias fazendárias da União, Estados-membros e Municípios. Vale lembrar o que dispõe o CTN acerca dos aspectos formais de um título de crédito  (CDA - Certidão de Dívida Ativa) executável sob o rito da lei n.º 6.830/1980: 
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - a data em que foi inscrita;
V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. 

0 comentários:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.